Logo abaixo você encontrará um texto, sobre a literatura brasileira, é apenas um resumo, se você quiser uma coisa mais completa terá que procurar em livros, pois pela web ainda não é possível achar sites que possam oferecer esses conteúdos completos e disponíveis para pesquisa.
Literatura - Origem e a Literatura informativa
No ano de 1500, chegava às mãos de d. Manoel, rei de Portugal, um relato em forma de carta, dando conta da descoberta de um mundo novo. A cara de Caminha expõe os primeiros contactos do homem europeu com um mundo totalmente desconhecido para ele, habitado por gente estranha aos olhos daquele povo. Paisagens nova, gente nova, costumes diferentes.
Por registrar as impressões decorrentes desse primeiro contacto, a Carta de Caminha é considerada como uma verdadeira "certidão de nascimento" do Brasil. A essa carta sucederam-se vários documentos semelhantes, denominados em seu conjunto de literatura informativa ou literatura dos viajantes.
Com a vinda dos jesuitas para o brasil em 1549 começou o processo de catequese e educação no país. Mas nem mesmo os conhecimentos mais elmentares como contar, ler e escrever, transmitidos nas escolas dos jesuítas encontravam muitos interessados, e os poucos que havia faziam parte da classe dos senhores de escravos.
Pouco a pouco, a cultura indígena foi sendo suplantada pela visão de mundo dos jesuítas, marcada ainda pela religiosidade medieval. Entre os muitos viajantes que aqui aportaram no primeiro século de nossa história, portugueses ou não, encontravam-se os cronistas da nova terra, registrando características físicas, étnicas e culturais da terra brasileira e do indígena.
Ao conjunto de relatos escritos nessa época e publicados na Europa dá-se o nome de literatura de informação ou literatura dos cronistas e viajantes. São textos que, em sua grande maioria, relacionam-se mais à crônica histórica que ao gênero literário propriamente dito. Ao lado dessa literatura informativa encontramos ainda manifestações em poesia e o teatro escrito pelos jesuítas com finalidades de catequese. No primeiro século de nossa vida como país-colônia registra-se, portanto, a ocorrência de prosa, poesia e teatro.
PROSA
A prosa constitui-se de obras escritas por portugueses ou por europeus de outras nacionalidades que por aqui passaram.
A Prosa são os documentos que deixam transparecer o interesse pela colônia enquanto fonte de abastecimento dos cofres portugueses. Registravam o impacto da nova terra sobre o europeu descobridor ou observador, impacto provocado por um espaço diferente, habitado por um povo de feição diversa da feição dos europeus, com costumes "estranhos" para o homem do Velho Mundo.
A representação que se faz do indigêna nessa literatura atesta, em resumo, um confronto entre o homem selvagem e o homem civilizado. A da natureza, por sua vez, enfatiza a riqueza exuberância da paisagem. Da junção desses dois elementos surgiu a visão da nova terra como um verdadeiro Paraíso Terrestre, uma porção muito rica do planeta, habitada por um homem ainda não civilizado(de acordo com o conceito europeu de civilização, é claro).
Da prosa do período destacam-se:
a Carta de Caminha (1500);
o Tratado da terra do Brasil e a História da provincia de Santa Cruz a que vulgarmente chamam Brasil, de Pero Magalhães Gandavo(1576);
o Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa(1587).
POESIA
Merece destaque a obra do padre Anchieta. Esse jesuíta, que para aqui vejo com o objetivo de catequizar, escreveu duas espécies de poesia:
poesia didática, com o objetivo de fornecer exemplos moralizantes aos indígenas;
poesia não-relacionada à finalidade catequizadora, que diz respeito à sua necessidade pessoal de expressão. É claro que, sendo ele um jesuíta, esta poesia vai refletir uma visão teocêntrica de mundo.
O poema mais conhecido de Anchieta é o Poema à Virgem Maria, que não interessa à nossa literatura porque foi escrito em latim.
Literatura - Gêneros Literários
Cada texto apresenta uma configuração, uma estrutura diferente. Cada um deles faz parte de um gênero literário. Gênero literário é o conjunto de características que permitem classificar uma obra literária em determinada categoria.
São três os gêneros: literários: épico o narrativo, lírico e dramático.
Nos gêneros literários você deve considerar que a definição do gênero literário a que pertence uma obra leva em conta a estrutura e o conteúdo de obra em questão. Existe uma teoria antiga e uma concepção moderna dos gêneros literários. Na teoria clássica, a mais antiga, que vigorou até o século XVIII: admite-se a existência de três gêneros fixos e imutáveis: o épico, o lírico e o dramático. Esses gêneros diferem não só quanto à sua natureza mas também quanto ao seu prestígio. A comédia, por exemplo, era considerada menos nobre que a tragédia. Não se admitia a mistura de gêneros, pois cada um apresentava características próprias e exclusivas.
Na teoria moderna, reconhecem-se os mesmos gêneros fundamentais: narrativa(ou épico), lírico e dramática. No entanto não há diferenças de prestígios, ou seja, uma obra não será considerada melhor ou pior por pertencer a determinado gênero e admite-se a fusão de gêneros ou espécies, como ocorre na tragicomédia, que combina elementos da tragédia e da comédia. Mais que o gênero, interessa a originalidade de cada produção literária, a realidade de cada texto.
Atenção ! Nenhuma obra pertence inteira e absolutamente a um gênero: uma epopéia, por exemplo, pode apresentar trechos líricos; um poema lírico pode apresentar passagem narrativas. |
Romance |
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Em prosa |
Novela |
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Conto |
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Crônica |
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1. Gênero Épico ou Narrativo |
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a) narrativas de assuntos diversos |
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Em verso |
b) epopéia - poema narrativo que trata de |
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fatos notáveis, grandiosos, extraordinários de um povo, geralmente representado por herói. |
Em versos (poema) |
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2. Gênero Lírico |
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Em prosa (prosa poética) |
Gênero Narrativo |
Gênero Dramático |
Gênero Lírico |
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Referente |
Mundo objetivo, predominantemente. |
Mundo objetivo predominantemente |
Mundo objetivo predominantemente |
Emissor |
Narrador em 1ª ou em 3.ª pessoa. |
Não há narrador, no palco, os atores encarnam diretamente as personagens, No texto, a rubrica substitui a fala do narrador. |
Não há narrador. A voz que fala no poema é chamada de eu-lirico ou eu-poético. |
Mensagem |
Personagens: São fundamentais. Suas ações são contadas por um narrador. Tempo: dinâmico Enredo (ação): é fundamental. Descrição: geralmente existe. É um recurso para caracterizar personagens e espaço. |
Personagens: são fundamentais. No palco, atuam diretamente, encarnadas em atores. No texto, dialogam. Tempo: dinâmico. Enredo (ação): é fundamental. Descrição: é substituída pela rubrica (no texto), ou por roupas, cenários, iluminação (no palco). |
Persongens: normalmente não existem. Quando ocorrem, são apenas "pretesto". Tempo: estático. Enredo (ação): não existe. Quando existe, é apenas "pretexto". Descrição: quando ocorre, é mero "pretexto" para a confissão emocional do eu-lírico. |
Canal |
Texto. |
Texto, quando lido. Palco do teatro, quando representado. |
Texto. |
Código |
Linguagem verbal. |
Linguagem verbal (no texto). Linguagem verbal e não-verbal (no palco). |
Linguagem verbal. |
Receptor |
Lê isoladamente onde quiser. |
Na sua realização plena, o gênero dramático é uma mensagem que exige um espaço especifico (um teatro), e o receptor a receptor a recebe sempre em grupo. |
Lê isoladamente onde quiser. |
BARROCO
Teve a origem da idéia do conflito entre a matéria e espírito e também a busca da síntese entre esses opostos é constante no ser humano. Portanto, manifesta-se com maior ou menor intensidade em qualquer época, individual ou coletivamente.
Do final do século XVI até aproximadamente a metade do século XVII essa preocupação foi tão forte que tornou-se o traço distintivo de todas as manifestações culturais do período, dando origem a um estilo denominado Barroco.
AUTORES E OBRAS
Padre Antônio Vieira (1608-1697)
Nasceu em Lisboa, em 1608. Ao seis anos veio com a família para a Bahia, iniciando seus estudos no colégio do jesuítas. Aos 21 anos já era professor de Teologia no Colégio Salvador. Em 1640, vieira voltou à sua terra natal, aí ele adquiriu bastante prestígio junto a corte e foi nomeado pregadorrégio, volta para o Brasil em 1652 onde foi caçado pelo inquisição e o condenaram a prisão domiciliar, morreu em 1697 em salvador.
Suas obras mais importantes foram: História do futuro e Esperanças de Portugal.
O Barroco no Brasil
O Barroco no Brasil surgiu do poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira Pinto, em 1601, que se prolongou até 1768, quando foi publicado o livro: Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, que inicia o nosso Arcadismo.
Gregório de Matos Guerra (1633-1695)
Conhecido como: Boca do Inferno, seu caráter irreverente fez com que ele fosse expulso de Lisboa. Voltou para o Brasil, onde se envolveu em inúmeras aventuras, sempre advogando e escrevendo sátiras, sempre polemicas falando sobre o poder ou dos poderesos. A vida boêmia e o espírito extremamente satírico de Gregório de Matos são o reverso de seu lado religioso: ele chegou a exercer a função de vigário-geral, vigário que substitui o sacerdote de um paróquia. Doente desde a volta do exílio, morreu com 59 anos, em Recife.
Sua obras eram: poesias líricas, satíricas e religiosas.
ARCADISMO NO BRASIL
Em 1768 inaugura-se o estilo árcade no Brasil com a publicação das Obras poéticas de Cláudio Manuel da Costa. Esse estilo árcade ficará na moda até a publicação, em 1836, da obra Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, que marca o inicio do romantismo no Brasil.
AUTORES E SUAS OBRAS
Cláudio Manoel da Costa (1729-1789)
Nasceu em Minas e, após completar o curso de direito em Coimbra, viveu um tempo em Lisboa, onde entrou em contacto com as novidades do Arcadismo. Retornando ao Brasil, tomou parte da Inconfidência Mineira. Enforcou-se na prisão.
Obras: Obras poéticas (1768) e Vila Rica (1837)
Principais Autores
Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810)
Basílio da Gama (1741-1795)
Frei José de Santa Rita Durão (1722-1728)
BIBLIOGRAFIA - Língua e Literatura - Franca & Moura
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